terça-feira, 29 de maio de 2012

O Segundo Ironman (Por Quem o Fez)

por Régis Ribeiro Sales

"Começo pedindo licença para utilizar este nobre espaço, a convite do meu camarada e IRONMAN (tudo junto e em maiúsculas, sempre!), Daniel Blois.

Iniciei no triathlon há cerca de dois anos e meio, fruto de uma conversa de 5 minutos com Gustavo Godoy; pessoa que viria a se tornar um grande amigo. Isso ocorreu durante um acampamento do Exército, em Altamira – PA, realizado para militares recém-chegados à região amazônica. Naquele momento, vi a chama do triathlon acender em mim. Pela primeira vez conheci alguém que havia feito provas difíceis (Circuito Long Dinstance) e que tinha como objetivo participar do IRONMAN; uma vontade que eu também tinha, mas que achava praticamente impossível de se concretizar, praticamente. Na verdade, meu fascínio não é pelo triathlon, mas sim pelo IRONMAN; por todos os desafios que representa e porque acredito que quem completa essa prova consegue atingir qualquer objetivo em sua vida, desde que a pessoa verdadeiramente queira.

Ainda enquanto morava em Altamira, nos anos de 2010 e 2011, comecei a participar das primeiras provas, IRONMAN 70.3 de Penha (2010) e IRONMAN BRASIL (2011). Por sinal, conheci o Daniel quando comprei sua bike, uma Cannondale Multisport 2000, a azulzinha. Depois acabamos nos esbarrando nas provas.

Por imposição da profissão, e por vontade pessoal, eu sabia que em 2012 já estaria morando em outro lugar. Sempre tive um certo fascínio por Florianópolis,a ilha da magia; mas não tenho como negar que o interesse pelo IRONMAN foi decisivo nessa mudança. Poder treinar no percurso da prova seria o máximo! Na verdade, eu não tinha certeza de que estaria em Floripa já em 2012; fiz uma relação com 10 cidades, com Florianópolis na cabeça, mas certeza não era.

Pois bem, cheguei por aqui no final de janeiro desse ano. Procura apartamento, chega a mudança, arruma tudo. Conclusão: iniciei os treinos só em março!! Mais uma vez, longe do ideal (para 2013, juro que será diferente).

Percebi algumas diferenças consideráveis em relação aos treinos do primeiro Iron para o segundo.

O primeiro aspecto é a motivação. Quando é a primeira vez, você se motiva mais facilmente. Para a segunda, tem que se buscar a todo momento o motivo de você estar fazendo aquilo tudo outra vez.

É preciso também, saber lidar com uma certa “decepção” quando sua evolução nos treinos não acontece com a rapidez que você gostaria. Esse ponto foi bem nítido pra mim. Nos longos de bike, pedalava por cinco ou seis horas a fio e quando via a média de velocidade, estava pior que no ano anterior!

O apoio da família e das pessoas mais próximas também muda um pouco. Não tenho do que me queixar, mas observei que há menos tolerância a todas as mudanças de rotina que o treinamento impõe. Particularmente, acho que é um ponto crítico, pois quanto mais você se dedica para conquistar uma meta, mais mudanças na rotina e restrições você irá impor a si e, consequentemente, a quem está por perto.

Por último, uma grande diferença que percebi do primeiro para o segundo Iron, foi a maneira como me comportei durante a prova. Fiz uma prova muito mais consciente, sabendo exatamente o que eu deveria fazer em cada parte: tempos previstos, transição mais eficiente, o que vestir, o que comer. Em resumo, você não inventa, faz o que foi treinado. Com isso, a chance de as coisas darem certo são bem maiores.

Agradeço ao Daniel por abrir este espaço para eu relatar um pouco de como o IRONMAN influencia minha vida. Um grande abraço."

Nos vemos na linha de chegada!"


O texto fala por si!

Acho a históra desse cara sensacional e é um exemplo da paixão pelo nosso esporte. Por isso pedi para que ele fizesse o relato.

Vou contar um pouco o meu lado da história.

Tinha uma bike pela qual era apaixonado. A tal Cannondale azulzinha. Foi minha primeira bike de triathlon, comprada por mim mesmo, sem PAItrocínio. Em um certo ponto, percebi que se quisesse evoluir, precisava troca-la por uma mais moderna. Foi o que fiz.

Como não fazia sentido manter a bike só por questões "emocionais", botei uns anúncios no fórum pedal.com e em algumas comunidades do meu falecido perfil do orkut. Acho que foi assim que conheci o Régis.

Porra, o cara morava em Altamira! Acho que o transporte da bike ficaria mais caro que a própria bike! Onde o cara ia treinar, já que ele mesmo me falou que precisava logo da bike pois a temporada de chuva estava chegando e aí tudo ficava isolado!

Bom, beleza. O cara quem sabe! Mandei.

Acabamos nos encontrando em Penha (2010). Ele me reconheceu, nos apresentamos. Na segunda vez que nos vimos, ele me deu 50 reais, segundo ele que estava faltando do transporte da bike pra Altamira, pois o valor excedia o limite do depósito que ele poderia me fazer. Eu nem sabia que faltava alguma coisa!!!!!!!!!

Virei fã do cara!

Penha, depois Iron 2011 e a notícia que ele iria morar em Floripa! A paixão dele fez com que ele tivesse como objetivo de vida, a proximidade com o mundo Ironman! Sensacional.

Bom, ele é modesto pacas e não falou. Eu vou falar: Em 2012 ele melhorou mais de uma hora do tempo da estréia! 

Boa garoto! Parabéns de novo.

Enquanto existirem pessoas apaixonadas pelo que fazem, pode ter certeza que bons resultados serão alcançados!

Até a próxima linha de chegada




3 comentários:

  1. Valeu pela homenagem Daniel. Muito legal mesmo.
    Régis

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  2. Adorei a história do Regis, Daniel. Um das melhores coisas que o esporte nos dá são as amizades que a gente faz, as pessoas especiais que a gente conhece, você não acha? Parabéns para os dois Ironmans, vocês são os caras!

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  3. Daniel...

    Tive o prazer de servir com o cara aí em Ponta Grossa/PR. Ele é realmente o que deixa transparecer no seu texto, humilde e determinado!!

    Parabéns camarada e boa sorte em 2013!!

    Francisco A. Sales Jr

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